Foi mais uma oportunidade para dar a conhecer desde projetos desenvolvidos pelos estudantes e investigadores da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) e da sua Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), até à atividade de empresas que concebem produtos e serviços na área da saúde e, ainda, a bem-sucedidas experiências de empreendedorismo social.
Falamos do 16º Fórum Internacional de Empreendedorismo da ESEnfC, realizado, no dia 10 de janeiro, e que foi participado por mais de 360 estudantes de licenciatura da instituição.
Um calçado inovador mais ajustado ao pé diabético, capaz de reduzir a pressão plantar (fator de risco para o desenvolvimento de feridas), um composto antissético colorido para prevenção de infeções associadas aos cuidados de saúde e um kit de hidratação subcutânea – equipamento que permite uma administração eficaz e segura de fluidos e fármacos, minimizando reações adversas em contraste com a hidratação intravenosa e sendo uma alternativa à hidratação oral no caso de esta estar comprometida –, foram os «projetos Inovadores nos diferentes ciclos de estudos» apresentados por ex-estudantes e por atuais investigadores da ESEnfC/UICISA: E.
Para o coordenador do Gabinete de Empreendedorismo da ESEnfC, Pedro Parreira, hoje, as instituições de ensino superior «têm um papel fundamental nesta área, de inovação e empreendedorismo», por forma a capacitarem os estudantes a «serem mais intervenientes e interventivos nos contextos de trabalho, na certeza de que «são os intraempreendedores que fazem a diferença».
Ao intervir na sessão de abertura do fórum, o professor doutorado em Gestão notou que a ESEnfC «é pioneira nessa área», tão cara à Comissão Europeia, de promoção do empreendedorismo no ensino, considerada uma competência essencial para o encontrar de soluções inovadoras para problemas da sociedade e para a conceção de produtos com valor acrescentado.
Para Pedro Parreira, a ESEnfC «tem dado provas disso, seja pelos projetos empreendedores que levam estudantes a ganhar prémios», seja ao nível da «propriedade industrial», com «muitos» recém-licenciados a terem já «pedidos de patente e projetos com grande valor acrescentado».
Na ocasião, a diretora do curso de licenciatura em Enfermagem, professora Ananda Fernandes, disse que «a possibilidade de desenvolver capacidades de empreendedorismo não se esgota na capacidade de fazer modelos de negócio, ou de inventar dispositivos e registar patentes», indo «muito para lá disso».
«Quem desenvolve capacidades empreendedoras vai poder, onde quer que esteja a trabalhar, ser empreendedor, o que significa estar sempre à procura de fazer melhor e de criar, senão produtos, pelo menos processos que melhoram a qualidade de vida das pessoas», frisou a docente, que é também diretora do Centro Colaborador da OMS para a Prática e Investigação em Enfermagem, sediado na ESEnfC.
Por sua vez, o Presidente da ESEnfC, Fernando Amaral, que concluiu a sessão de abertura do 16º Fórum Internacional de Empreendedorismo, fazendo votos para que este percurso de 16 anos «seja conservado e desenvolvido», referiu que «a economia e as organizações, se não estiverem centradas na obtenção de valor, tendem a enquistar-se e a não se desenvolver».
«Muitas vezes, [ser empreendedor] não é fazer coisas melhores, mas é fazer melhor as coisas», afirmou, ainda, o Presidente da ESEnfC. Que observou que em temas como a inovação social, a economia circular (evitar o desperdício), ou a economia verde, se pode «fazer as coisas de forma mais sustentada» e, portanto, também empreendedora.
O Fórum Internacional de Empreendedorismo (ver programa completo), evento através do qual a ESEnfC «pretende dar a conhecer diferentes experiências empreendedoras que desafiem os estudantes para a criação de projetos, criação de empresas e/ou criação do seu próprio emprego», é organizado pelo Gabinete de Empreendedorismo da instituição
Paralelamente a este encontro, e promovido pelo Serviço de Apoio aos Novos Graduados da ESEnfC, realizou-se, no dia 10 de janeiro, um "Open Day" sobre empregabilidade nacional e internacional para os estudantes, que contou com a presença de sete empresas e instituições de recrutamento de profissionais de saúde.
[2024-01-12]