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Presidente do Conselho Geral da ESEnfC destaca «papel essencial» do enfermeiro «na investigação clínica com inteligência artificial»

 

 

A presidente do Conselho Geral da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Catarina Resende de Oliveira, afirmou, no dia da instituição (17 de março), que «o enfermeiro desempenha um papel essencial na investigação clínica com inteligência artificial», ao atuar «como um elo entre a tecnologia, os pacientes e a equipa multidisciplinar», e assim contribuindo «para um cuidado mais eficiente, seguro e personalizado».

Mais: para a professora catedrática jubilada da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC), o «conhecimento técnico e humanístico» dos enfermeiros «é indispensável para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma ética, em benefício da pessoa doente».

Catarina Resende de Oliveira, que discursava na cerimónia comemorativa do Dia da ESEnfC, observou que «a colaboração entre cientistas, profissionais da saúde, reguladores e os profissionais dedicados ao desenvolvimento de tecnologia é fundamental para o sucesso dessa revolução na área da saúde».

Para a médica neurologista, o envelhecimento, «a doença mental, a resistência aos antibióticos, o aumento da prevalência das doenças crónicas, os custos elevados das novas terapêuticas e metodologias de diagnóstico», mas também «as exigências de uma medicina de precisão e preventiva» e as trazidas pela «tecnologia associada à ciência de dados»,  são alguns dos «grandes desafios que a sociedade enfrenta no domínio da saúde». Quando, em simultâneo, se assiste a «um aumento progressivo de custos na prestação de cuidados de saúde, perante recursos finitos, e a um crescente escrutínio social».

 

Incerteza «exige colaboração interdisciplinar»

De acordo com a presidente do Conselho Geral da ESEnfC, «num mundo dominado pela incerteza», a adaptação a novas realidades «exige colaboração interdisciplinar» e o Centro Académico Clínico de Coimbra «é o ambiente ideal para responder aos desafios» da sociedade no domínio da saúde. Ali se reúnem, segundo disse, «ciência/investigação, ensino/treino de novos profissionais e cuidados de saúde».

«O Centro Académico Clínico está criado», pelo que «é o momento de contribuir para a concretização da sua missão»: promover «um melhor ensino, uma melhor formação dos profissionais de saúde e uma melhor saúde», sublinhou Catarina Resende de Oliveira. A presidente do Conselho Geral da ESEnfC, que felicitou a Escola pela integração na UC, como unidade orgânica de ensino e investigação, ressaltou que «a integração da Enfermagem no ensino universitário apresenta desafios significativos, que vão desde a adaptação curricular à valorização da profissão no meio académico» e à «importância da investigação no ensino».

 

Investir na formação docente e harmonizar
currículos com instituições europeias

Garantir que os programas de ensino acompanhem a constante evolução na área da saúde (incorporando novas metodologias e tecnologias que favoreçam uma aprendizagem prática e científica), investir na formação de um corpo docente especializado (com experiência tanto académica como assistencial) e harmonizar os currículos com instituições congéneres europeias, facilitando a mobilidade dos estudantes e dos docentes («uma verdadeira internacionalização desde a pré-graduação», são, segundo a presidente do Conselho Geral, «medidas essenciais para fortalecer a presença da enfermagem no ensino universitário».

Por outro lado, realçou Catarina Resende de Oliveira, «a prática do cuidar, deve ser fundamentada em evidências científicas, e a investigação proporciona as bases necessárias para que os futuros enfermeiros adotem procedimentos eficazes e seguros, ou seja, um Cuidado Baseado em Evidência».

«O desenvolvimento de competências em metodologia científica, bioética e análise crítica da literatura possibilita que esses profissionais se tornem protagonistas na produção e aplicação do conhecimento, consolidando a Enfermagem como uma ciência essencial para a evolução da saúde», analisou a presidente do Conselho Geral da ESEnfC. Notou ainda que, em ambiente universitário, «a investigação na Enfermagem também beneficia da interação com outras disciplinas, como Medicina, Farmácia, Psicologia, Economia e Engenharias», o que permitirá uma «abordagem mais holística e eficiente para os desafios da saúde». (FIM)

[2025-03-26]


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