> Desde 2019 que o Serviço de Saúde Escolar da ESEnfC assegurou 2252 consultas de Psicologia a estudantes da instituição
A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) é uma das cerca de 70 instituições de ensino superior que aderiram ao programa do Governo que facilita o acesso gratuito de estudantes a cuidados de saúde mental, mediante a distribuição de cheques (vouchers) para esse efeito – até um máximo de 12 por pessoa –, que desde o dia 30 de setembro podem ser pedidos online, no recém-criado portal gov.pt.
Todavia, a ESEnfC continua a manter o apoio gratuito que a este nível já oferecia aos estudantes da instituição e que, desde 2019, totaliza 2252 consultas de Psicologia.
Só no presente ano letivo, a ESEnfC já teve 23 pedidos de primeira consulta, sendo que as sessões (que devem ser solicitadas para o e-mail saudeescolar@esenfc.pt) são definidas entre o estudante e o profissional de Psicologia, não tendo limite máximo.
De acordo com o novo serviço criado pelo Ministério da Juventude e Modernização, em colaboração com o Ministério da Educação, Ciência e Inovação e a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), cada estudante que peça o cheque-psicólogo, desde que aceite, pode beneficiar de entre duas (para triagem inicial destinada a verificar se o interessado preenche os critérios de inclusão) a 12 consultas/sessões de psicologia, consoante indicação do profissional de saúde.
O estudante requerente pode, mesmo, escolher o psicólogo que desejar que o acompanhe, desde que na lista nacional de prestadores constituída pela respetiva ordem profissional.
Os cheques são válidos por um ano (entre a primeira e a última consulta), podendo ser atribuídos a estudantes de todos os graus de ensino superior.
Mas nem todas as doenças ou transtornos mentais são abrangidos pelos cheques-psicólogo. Apenas podem beneficiar estudantes com «problemas de saúde mental frequentes, como a ansiedade ou a depressão, com problemas no plano individual, social e académico com impacto na saúde mental (dificuldades relacionais, ansiedade com exames, situações de vida com potencial impacto na vida académica: mudança de cidade, luto, rutura numa relação amorosa/divórcio)».
São também fatores de inclusão nesta medida «questões relacionadas com o desenvolvimento vocacional e gestão pessoal de carreira» e «problemas de saúde física com impacto na saúde mental (por exemplo, doença crónica)».
Conforme esclarecido no website da OPP (https://www.ordemdospsicologos.pt/pt/p/chequepsicologo), de fora ficam, entre outras, situações de estudantes com «sintomas com duração superior a um ano e seis meses», com «consumo problemático de substâncias e comportamentos aditivos», assim como «estudantes com diagnóstico de perturbação psicótica ou bipolar, diagnóstico de perturbação da personalidade» e «que apresentem tentativas de suicídio prévias ou risco de suicídio».
De acordo com o Serviço de Saúde Escolar da ESEnfC, «aos estudantes sem critérios de atribuição de cheque-psicólogo é realizada a proposta de fazerem o seguimento na instituição escolar, sem limite máximo de consultas».
«Quando necessitamos de acompanhamento médico, recorremos aos médicos da ESEnfC, de Medicina Geral e Familiar. E referenciamos para o Serviço Nacional de Saúde, quando é indispensável consulta de Psiquiatria», explica a enfermeira Andreia Cristina, do Serviço de Saúde Escolar da ESEnfC.
O novo apoio do Governo contempla, também, a atribuição de cheques-nutricionista para o ano letivo de 2024-25, que correspondem a uma consulta de avaliação e cinco consultas de seguimento.
As consultas de nutrição são dadas por um profissional externo à ESEnfC, também escolhido pelo estudante, de acordo com critérios traçados pela Ordem dos Nutricionistas (https://www.ordemdosnutricionistas.pt/ver.php?cod=1M0B).
[2024-10-18]