Doze professores e uma técnica superior da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) já frequentaram, nos meses de maio e junho, o curso “Compassion Cultivation Training” (Formação para o Cultivo da Compaixão), sendo este o início de um trabalho para o reconhecimento da instituição pela sua cultura empática e de cuidado para com as pessoas que, dentro e fora da organização, atravessam dificuldades e diferentes níveis de carências.
«Queremos ser uma escola compassiva», afirma o Presidente da ESEnfC, António Fernando Amaral, ao falar do «compromisso de percebermos o sofrimento e as necessidades do outro».
Para António Fernando Amaral, «faz todo o sentido sermos uma escola compassiva, que não deixa ninguém para trás, que percebe que cada pessoa é diferente, que sofre por razões diferentes, que tem dificuldades». E «tudo isso se coloca na relação com os estudantes, mas também com os funcionários», refere o Presidente da ESEnfC.
Coordenadora da formação “Compassion Cultivation Training”, Andréa Ascenção Marques nota que «este curso», ministrado pela professora da Universidade de Huelva, Angela Ortega, «proporcionou aos formandos desenvolverem a prática da compaixão e empatia por si próprios e pelos outros e servirá como ponto de partida para que a ESEnfC se torne uma escola compassiva».
«O desenvolvimento de estratégias compassivas pode ter um impacto na melhoraria da qualidade do ensino e nos cuidados de saúde, mas também para a dignidade das pessoas e a humanização», comenta Andréa Ascenção Marques, que é professora da ESEnfC, na Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem Médico-Cirúrgica.
O curso “Compassion Cultivation Training”, que teve a duração de 20 horas, integrou «práticas contemplativas tradicionais, com a psicologia contemporânea e a investigação científica sobre a compaixão que está a ser desenvolvida no Center for Compassion and Altruism Research and Education da Universidade de Stanford». Paralelamente, houve «um trabalho de desenvolvimento pessoal diário com práticas de meditação e mindfullness», acrescenta a professora Andréa Ascenção Marques.
«Apesar de a investigação científica sobre a compaixão ser recente, os estudos disponíveis sugerem que o cultivo da compaixão pode ser a chave para nutrir a saúde, o bem-estar e a felicidade de uma pessoa, especialmente para aqueles que vivem e/ou trabalham em contacto diário com o sofrimento», lê-se na apresentação do curso “Compassion Cultivation Training”.
[2024-08-02]