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Saúde mental dos adolescentes: mais 160 dinamizadores do programa Mais Contigo preparados para atuar nas escolas do país

 

 

Cerca de 160 profissionais dos setores da saúde, do serviço social e do ensino finalizaram, neste mês de maio, mais um curso de dinamizadores do programa de promoção da saúde mental e prevenção de comportamentos suicidários em meio escolar, Mais Contigo.

Distribuídos pelo norte (Vila Nova de Gaia), centro (Coimbra) e sul (Lisboa) do país, estes profissionais (sobretudo enfermeiros, psicólogos, médicos, assistentes sociais e professores) frequentaram um curso de 21 horas (14 online e 7 presenciais), no âmbito do qual puderam aprofundar conhecimentos sobre adolescência, saúde/doença mental e comportamentos suicidários.

«Esta formação de dinamizadores e porteiros sociais pressupõe o aumento da cobertura do programa que, no presente ano letivo, ultrapassa os 15000 adolescentes, estando presente em todas as zonas do país», afirma o coordenador nacional do Mais Contigo e professor de saúde mental e psiquiátrica na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), José Carlos Pereira dos Santos.

Promovido pela ESEnfC e pela Administração Regional de Saúde do Centro, o Mais Contigo, que existe desde o ano letivo de 2008-2009 e que, nos últimos anos, beneficia do apoio financeiro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, já chegou a cerca de 60 mil alunos, de 965 escolas de todos os distritos do país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

Nestes 15 anos, foram, também, formados mais de 700 enfermeiros, médicos, assistentes sociais e psicólogos. Foram, ainda, envolvidos sete mil encarregados de educação e cerca de 11 mil professores e assistentes operacionais dos estabelecimentos de ensino.

Segundo os resultados das intervenções do programa Mais Contigo, no ano letivo de 2022-2023, quase metade (45,4%) de uma amostra de 13 mil adolescentes no país apresentou sintomatologia depressiva, dos quais 30,1% revelou indícios e manifestações de depressão moderados (14,8%) ou graves (15,3%).

No final das intervenções, foi possível diminuir a sintomatologia depressiva, aumentar o bem-estar e o autoconceito, sendo que 96 adolescentes foram referenciados e encaminhados para serviços de saúde mental e psiquiatria e outros 90 para cuidados de saúde primários.

O projeto Mais Contigo, que trabalha aspetos como o estigma em saúde mental, o autoconceito e a capacidade de resolução de problemas, devidamente enquadrados na fase da adolescência, é reconhecido como boa prática pela Direção-Geral da Saúde e pelo ICN – Conselho Internacional de Enfermeiros.

 

[2024-05-21]


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