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Presidente do Conselho Geral da ESEnfC diz que basta de ‘discussões estéreis’ e que é tempo de concretizar a integração no ensino universitário

 

 

A presidente do Conselho Geral da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Catarina Resende de Oliveira, afirmou, na sessão comemorativa do dia da instituição (14 de março), que «é tempo de passar das palavras à concretização» do «plano ambicioso» de integrar a ESEnfC na Universidade de Coimbra (UC), bem como à sua inserção no Centro Académico Clínico (CAC) da cidade.

«É tempo de nos deixarmos de envolver em discussões estéreis que nos esgotam e matam a ambição de contribuir, de facto, para a missão de uma Escola que se pretende universitária e de excelência, inserida no CAC de Coimbra», afirmou a professora catedrática jubilada da Faculdade de Medicina da UC.

Ao discursar no auditório do Polo A da ESEnfC, a também presidente da Direção da AICIB - Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (criada em 2018, por resolução do Conselho de Ministros) citou, mesmo, a visão da Escola para 2030, consignada no Plano Estratégico 2020-2024: «A ESEnfC é uma instituição universitária reconhecida e acreditada como uma das melhores escolas de enfermagem do mundo, distinguindo-se pela qualidade do ensino da investigação e extensão, e pela articulação interprofissional (…)».

Pelo menos desde 2005 – ano em que o Senado da UC aprovou o início dos contactos formais com vista à integração da ESEnfC, como unidade autónoma –, e após vários mandatos de três presidentes da instituição, que é manifesta a vontade de a Escola passar a fazer parte da Universidade. Porém, só em meados do ano passado é que tal intenção mereceu a aprovação, por unanimidade, do Conselho Geral da UC.

Quanto a centros académicos clínicos, foram criados em Portugal, até à data, doze. São estruturas que associam unidades orgânicas de instituições de ensino superior a unidades prestadoras de cuidados de saúde e unidades de investigação. O CAC de Coimbra é um consórcio entre o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e a UC.

 

Escola com «acreditação máxima» pela A3ES

Também ao discursar na cerimónia evocativa do Dia da Escola, o Presidente da ESEnfC, Fernando Amaral, observou que «numa altura em que se vislumbravam transformações e alguma estabilidade no sistema de ensino superior, pelo trabalho que estava a ser desenvolvido pela equipa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior», surgiu o dia 7 de novembro de 2023 (queda do Governo, com novas eleições).

«O que podemos agora desejar é que todo o trabalho já realizado não se desperdice e que os projetos e desejos das instituições, nomeadamente da nossa escola, não saiam prejudicados», referiu o professor Fernando Amaral, para quem «a imprevisibilidade é enorme».

Todavia, «com a capacidade, disponibilidade e vontade das pessoas da ESEnfC, todos os desafios serão transformados em oportunidades de desenvolvimento e melhoria», elogiou o Presidente da instituição, ao destacar a «acreditação máxima» dada à Escola na avaliação preliminar feita pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).

«Foi possível garantirmos o prolongamento da acreditação do sistema interno de garantia de qualidade e obter a acreditação pela A3ES, em sede da avaliação institucional, por seis anos sem qualquer condição, que é a acreditação máxima», frisou Fernando Amaral. Que se mostrou igualmente satisfeito por a Escola ter «todos os cursos acreditados» e ainda ter concorrido «em consórcio a um conjunto de projetos, no âmbito do PRR, que irão possibilitar a modernização tecnológica pela transformação digital, a inovação pedagógica, a intervenção na saúde mental, a modernização da Residência, para além do projeto inicial de transformação do piso 0 [do edifício do Polo C] e o sucesso escolar».

 

Novos concursos para inverter “deficit de recursos humanos”

Noutro momento do discurso, o Presidente da ESEnfC referiu que, tal como na maioria das instituições de ensino superior, também o estabelecimento que dirige enfrenta o desafio da «necessidade de renovação».

«Este ano, 15% dos docentes atingem a idade que lhes permite aposentarem-se», revelou Fernando Amaral, ao considerar esta «uma questão muito sensível», desde logo «porque não existem doutorados disponíveis», o que obriga a Escola a «contratar professores que vêm sem os seus percursos académicos concluídos» e, por isso, sem «toda a disponibilidade que é necessária».

«Vamos continuar neste processo de renovação», iniciado em 2023 com a admissão de 11 novos professores adjuntos, «e abriremos novos concursos», anunciou o docente, segundo o qual «também noutros setores existe deficit de recursos humanos». O que está a ser minimizado com a abertura de concursos para assistente técnico e para técnico superior.

Fernando Amaral fez também referências ao desempenho da instituição em matéria de oferta formativa e de captação de alunos – a procura é cerca de quatro vezes superior ao número de vagas a concurso –, ao papel estratégico da internacionalização (atração de estudantes para graduação e formação avançada, envolvimento em projetos transnacionais e cooperação com os PALOP) e aos «bons níveis de produção científica».

 

ESEnfC homenageou funcionários docentes e do corpo técnico-administrativo com 25 anos de serviço e recém-aposentados

 

[2024-03-18]


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