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Doutorandos da ESEnfC alertados para o perigo das publicações “predatórias” e para a importância da IA no campo da investigação

 

 

A presidente da Academia Europeia de Ciências de Enfermagem (European Academy of Nursing Science), Gabriele Meyer, esteve no dia 18 de abril, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), onde aconselhou doutorandos e investigadores a submeterem os respetivos artigos científicos a revistas de qualidade comprovada, evitando as denominadas revistas predatórias (predatory journals).

A professora de Ciências da Saúde e da Enfermagem na Martin Luther University Halle-Wittenberg, na Alemanha, que participou como conferencista no “Encontro Anual do Programa de Doutoramento em Enfermagem 2024”, defendeu, ainda, a necessidade de se desenvolver estudos de natureza experimental e testar intervenções de Enfermagem que possam ser utlizadas para melhoria das condições de saúde das populações.

Para Gabriele Meyer, o desenvolvimento do conhecimento da Enfermagem como objeto de estudo próprio deve ser a prioridade, embora também seja importante desenvolver investigação interdisciplinar em áreas que o justifiquem.

Também presente no “Encontro Anual do Programa de Doutoramento em Enfermagem 2024”, o professor do Departamento de Ciências e Tecnologia da Universidade Aberta, Arnaldo Santos, mostrou, por sua vez, como a inteligência artificial (IA) oferece ferramentas que vêm auxiliar «a pensar e a fazer», que podem ser muito úteis na atividade dos investigadores.

O docente doutorado em Ciências e Tecnologia da Comunicação sustentou, no entanto, que devem ser vistas numa perspetiva adjuvante e nunca como substituição do trabalho e do pensamento dos estudantes de doutoramento. E deu exemplos relacionados, por exemplo, com a revisão sistemática (pesquisa de artigos e referências), com a tradução e a verificação gramatical.

Arnaldo Santos falou do Big Data (que nos oferece quantidades de dados sem precedentes, em termos de volume, velocidade, variedade e veracidade), do rápido caminho para a tecnologia 6G (próxima geração das redes móveis, que promete velocidades de descarregamento de dados mais rápidas e menos atrasos no fluxo de informação), de um mundo onde são pedidas novas competências, cada vez mais digitalizas, e da vantagem de se estar inserido numa organização que aprende (learning organization).

Vinte e dois estudantes de 3º ciclo participaram neste primeiro encontro anual, 13 dos quais apresentaram, aos comités de tese, os trabalhos que estão a desenvolver no contexto do programa de doutoramento.

Na sessão de abertura do “Encontro Anual do Programa de Doutoramento 2024” intervieram, ainda, o Presidente da ESEnfC, António Fernando Amaral, e o coordenador do doutoramento, João Alves Apóstolo.

Em funcionamento desde o ano letivo de 2022-2023, o programa de doutoramento em Enfermagem ministrado em associação entre a Universidade de Coimbra e a ESEnfC tem por objetivo geral «assegurar formação avançada que contribua para o desenvolvimento de competências específicas na produção e translação de conhecimento em Enfermagem».

Este ciclo de estudos tem a duração de quatro anos (um ano curricular e três para a elaboração da tese), num total de 240 créditos ECTS (Sistema Europeu de Transferência de Créditos).

 

[2024-04-22]


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