A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) figura no “Barómetro Inventa 2023 - Patentes Made in Portugal”, ocupando o 16º lugar (com 7 pedidos de patentes), no capítulo "Rankings 2021", lista de requerentes nacionais que é liderada pela Universidade do Minho (com 69 famílias de patentes).
Trata-se da 4ª e última edição deste estudo anual elaborado pela consultora Inventa International, que, além de instituições de ensino superior, inclui empresas e organizações privadas como a conimbricense Feedzai - Consultadoria e Inovação Tecnológica (em 12º lugar no ranking, com 9 famílias de patentes) ou o Instituto de Telecomunicações (17ª posição com 6 famílias de patentes).
Pedro Parreira, coordenador do Gabinete de Empreendedorismo da ESEnfC, nota que este resultado advém de um «investimento feito» pela instituição, «em alinhamento» com a Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem (UICISA: E), na «procura de soluções para o mercado de saúde».
«O crescimento, ao longo dos anos, da ligação ao tecido empresarial, com o estabelecimento de parcerias estratégicas, traduzidas em submissões a candidaturas para procura de fontes de financiamento, a presença em feiras internacionais, com oferta de produtos em TRL 8 e TRL 9 (designações para o nível de maturidade técnológica atingido, validado por meio de ensaios e demonstrações, e para produtos já aprovados com sucesso, em que a tecnologia está finalizada e em fase de comercialização), são exemplos inequívocos da nossa determinação», afirma o também coordenador executivo do eixo de Investigação Experimental e Aplicada em Tecnologias de Cuidados (TecCare) da UICISA: E.
Para o professor Pedro Parreira, «a forte ligação à área clínica com diferentes estruturas de saúde, a ligação a incubadoras, a internacionalização com participação de diferentes universidades nos vários continentes e a aposta na área da investigação pré-clínica dos vários dispositivos criados», constituem passos de «um caminho a trilhar».
Também «o ensino de Empreendedorismo na ESEnfC e além-fronteiras, com a criação de redes internacionais, são estratégias que contribuem para a preparação dos nossos estudantes, no sentido de continuarmos a investir na procura de soluções inovadoras, de forma particular para a melhoria da segurança nos cuidados de saúde», sustenta o docente, doutorado em Gestão e pós-doutorado em Ciências da Enfermagem.
O estudo “Barómetro Inventa 2023 - Patentes Made in Portugal” foi feito a partir dos pedidos apresentados junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Instituto Europeu de Patentes (EPO), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, do Instituto Norte-Americano de Marcas e Patentes, do Instituto Chinês de Patentes, do Instituto de Propriedade Intelectual do Canadá e do INPI do Brasil. Dados que demonstram que «a ampla maioria dos requerentes de patentes» no nosso país se situa «nas regiões Norte, Centro e na Área Metropolitana de Lisboa».
Sobre a metodologia para a realização do presente ranking, que permitiu incluir novos integrantes (ausentes na edição anterior do “Barómetro Inventa”), a consultora que o divulgou esclarece que teve por base a identificação dos «pedidos depositados em 2021» e não dos «pedidos publicados, como acontecia nos anos anteriores)».
Por outro lado, «a razão pela escolha do ano de 2021, ao contrário dos anos mais recentes, reside no facto de um pedido de patente ficar em sigilo durante 18 meses após o seu depósito, portanto o ano selecionado corresponde ao ano mais recente com pedidos de patente disponíveis para consulta nas bases de dados acessíveis ao público», explica a Inventa International.
[2023-12-29]
