A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) está a desenvolver sessões de ginástica laboral, dirigidas a todos os funcionários da instituição, com o objetivo de aumentar a qualidade de vida no trabalho, ajudar a prevenir doenças e lesões músculo-esqueléticas, reduzir a fadiga e o cansaço no final do dia.
Através de uma série de exercícios de curta duração (entre 5 e 10 minutos), que envolvem técnicas de alongamento e relaxamento – sobretudo na zona da cabeça/pescoço, tronco e membros superiores (ombros, braços e pulsos) –, pretende-se, ainda, promover a consciência corporal, combatendo o sedentarismo.
Melhorar a condição física dos trabalhadores, minimizar os riscos de acidentes no trabalho e, no final de tudo, aumentar a produtividade, são outros propósitos desta medida, que surge no âmbito do Sistema de Gestão da Conciliação (SGC) da ESEnfC.
«Grande parte dos trabalhadores da ESEnfC passam horas sentados na mesma posição, em posturas estáticas, ou a repetir os mesmos movimentos, sendo crucial fazer pausas ao longo do dia para fazer alguns exercícios de alongamentos/relaxamento. A OMS recomenda pausas de cinco minutos a cada hora de trabalho», afirma a equipa dinamizadora da atividade de ginástica laboral, constituída pelos enfermeiros Andreia Cristina e Filipe Sousa (Serviço de Saúde Escolar) e pelo assistente técnico João Pardal.
Há quatro sessões de ginástica diárias realizadas no ambiente de trabalho, em diferentes horários e em cada campus, «de forma a possibilitar turnos que mantenham os vários serviços abertos, sendo que cada sessão tem a duração de cerca de 10 minutos», explica a equipa responsável por este projeto.
Estas sessões, iniciadas em meados de 2023, realizam-se em espaços reservados para o efeito e com a presença de um técnico.
Exercícios de execução simples e de baixa dificuldade
No âmbito desta medida do SGC da ESEnfC, denominada Promoção da Ginástica Laboral, num primeiro momento, foi criado um filme/tutorial, que está disponível online, com 11 propostas de exercícios que podem ser feitos autonomamente no local de trabalho.
«Procurou-se criar propostas que fossem ao encontro de todos os colaboradores, permitindo uma execução simples e de baixa dificuldade dos exercícios propostos. O que sempre foi transmitido é que não é necessário fazer todos os exercícios propostos. A ideia é que cada pessoa possa extrair os exercícios que mais se adaptem às suas necessidades individuais e às possíveis lesões músculo-esqueléticas pré-existentes», sustenta a equipa dinamizadora da atividade de ginástica laboral.
De acordo com os enfermeiros Andreia Cristina e Filipe Sousa e com o assistente técnico João Pardal, até ao momento, «a adesão ficou acima do esperado, uma vez que esta é uma atividade não-obrigatória e que não envolve sequer lista de presenças».
«Um total exato de 100 participantes diferentes (entre pessoal docente, técnico, administrativo e operacional) ao longo das várias sessões», assim como «uma média de cerca de 36,7 participantes por cada dia/sessão na Escola», são números animadores.
O trio responsável pela execução desta medida refere que o retorno (avaliação) que tem sido dado pelos beneficiários da iniciativa «tem sido muito positivo».
«Têm sido mencionados largamente, como positivos, pelos vários colaboradores, o aumento da qualidade de vida no trabalho (redução dos níveis de stresse e ansiedade), a prevenção e alívio de lesões músculo-esqueléticas pré-existentes, o combate do sedentarismo e a melhoria da condição e disponibilidade física».
A equipa multidisciplinar da conciliação da ESEnfC é constituída por Cristina Veríssimo, Dina Marques, João Nuno Oliveira, Conceição Alegre de Sá e Manuela Frederico Ferreira.
[2023-12-15]
