Sessão de abertura do ciclo de estudos com o Reitor da UC e a Presidente da Escola de Enfermagem de Coimbra
É «com muito alegria que vejo a concretização deste sonho», afirmou, ontem, a Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Aida Cruz Mendes, durante a sessão de abertura do estreante programa de doutoramento em Enfermagem, criado em associação com a Universidade de Coimbra (UC) e que preencheu as 15 vagas disponíveis.
Para a Presidente cessante da ESEnfC, a materialização do curso de 3º ciclo em Enfermagem em Coimbra, com correspondência «àquilo que é o desenvolvimento do pensamento que a Escola tem realizado nesta área» do conhecimento, é uma pretensão antiga do estabelecimento que a docente dirigiu nos últimos quatro anos.
Ao notar que a ESEnfC «sempre colaborou» nos programas de doutoramento em Enfermagem de Lisboa e Porto, existentes em Portugal desde há duas décadas, Aida Cruz Mendes sublinhou, contudo, que «colaborarmos com os outros, ou termos o nosso próprio programa doutoral», não é a mesma coisa.
O «curso esgotou as vagas logo na sua primeira edição», disse, satisfeita, e mostrando-se «convencida de que o bom trabalho que todos (doutorandos e professores) vão realizar será a principal garantia» de futuras edições deste doutoramento e do «enriquecimento desta Escola de pensamento, que é a Escola de Coimbra».
Para a Presidente da ESEnfC, «a dificuldade» que a instituição teve, de estabelecer o seu primeiro programa doutoral, limitou, de alguma maneira, o «crescimento de uma Escola de pensamento próprio em Enfermagem» e a «única do país com uma unidade de investigação acreditada» pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (última avaliação de “muito bom”).
Reitor defende maior aproximação à ESEnfC
Também presente na abertura do doutoramento, o Reitor da UC, Amílcar Falcão, disse esperar que esta parceria entre as duas instituições de ensino superior «seja o início de uma grande colaboração», referindo que «faz todo o sentido que o ciclo da saúde, que envolve a Enfermagem, fique completo» nos projetos da universidade mais antiga do país.
«Atualmente, somos entidades separadas, mas haveria «a conveniência em trabalharmos de forma ainda mais junta, para garantir que a área da saúde tem todos os seus atores a trabalhar no mesmo sentido, em projetos importantes para a cidade e para a região», e que «são de caráter internacional», afirmou, no final da sessão, em declarações aos jornalistas.
Na opinião do Reitor de Coimbra, que desejou que o doutoramento ontem inaugurado «seja o primeiro de muitos» e «cheio de sucesso», a «relação» entre a UC e a ESEnfC «deve ser mais aprofundada».
A assistirem à sessão de abertura do doutoramento, que teve lugar no auditório do Polo A da ESEnfC, estiveram, entre outras individualidades, o diretor da Faculdade de Medicina da UC, Carlos Robalo Cordeiro, a vice-reitora da UC para os Assuntos Académicos, Cristina Albuquerque, o professor da Faculdade de Economia da UC, Pedro Lopes Ferreira, e a professora de Faculdade de Medicina da UC, Maria Filomena Botelho (ambos docentes do ciclo de estudos).
O programa doutoral, que tem por objetivo geral «assegurar formação avançada que contribua para o desenvolvimento de competências específicas na produção e translação de conhecimento em Enfermagem», visa preparar «uma nova geração de investigadores em Enfermagem, capazes de integrar equipas interdisciplinares em projetos de investigação inovadores», conforme consta do documento de apresentação do pedido de novo ciclo de estudos, que foi acreditado, por um período de seis anos, pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.
O corpo docente do curso de 3º ciclo em Enfermagem, que tem a duração de quatro anos (um ano curricular e três para a elaboração da tese), junta professores da ESEnfC e de quatro faculdades da UC: Medicina, Farmácia, Psicologia e de Ciências da Educação e Economia.
[2022-09-16]