Um grupo de 169 estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) termina, hoje, as atividades de ensino clínico reiniciadas, no dia 29 de junho, em 17 instituições e que estavam suspensas desde meados de março deste ano, como medida de prevenção e de contenção do surto do novo coronavírus.
Porém, este contingente representa apenas 48% dos 351 estudantes inscritos em ensino clínico no 3º ano da licenciatura em Enfermagem, o que significa que 182 colegas (do 3º ano) ainda aguardam pelo retorno dos ensinos clínicos (em contacto direto com os utentes dos serviços), juntando-se-lhes mais 352 alunos do 2º ano do curso que terão obrigatoriamente de concluir dois blocos de ensino clínico (em contexto hospitalar e na comunidade).
Embora todos estes 182 estudantes do 2º ano tenham feito parte do ensino clínico em questão, não foi possível que «nenhum terminasse a unidade curricular», afirma a adjunta da Presidente da ESEnfC e coordenadora do Gabinete de Gestão Científico-Pedagógica dos Ensinos Clínicos (GGCPEC), professora Maria do Céu Carrageta, segundo a qual «está previsto que a retoma» para este grupo «seja a partir de setembro, assim como para os restantes estudantes do 3º ano, se a situação de crise pandémica e as instituições de saúde o permitirem».
Refira-se que para os estudantes do 4º ano (finalistas de Enfermagem), que já tinham o número mínimo de horas obrigatórias de ensino clínico aquando da suspensão generalizada de atividades letivas e não letivas presenciais, o programa da unidade curricular de Ensino Clínico Opcional foi excecionalmente reformulado, adotando outras modalidades de ensino (como seminários, projetos e/ou atividades de investigação, incluindo a monografia), tendo sido reunidas as condições para terminarem o ciclo de estudos no final de julho.
A ESEnfC considera que «a realização de experiência clínica neste contexto de pandemia é uma oportunidade acrescida de aprendizagem para os estudantes, particularmente no domínio das competências ligadas à gestão do risco do exercício da futura profissão». E agradece «a disponibilidade das instituições que autorizaram a retoma dos ensinos clínicos e que permitem, assim, dar continuidade ao percurso académico de um conjunto de estudantes muito significativo», evitando «um afastamento mais prolongado com os contextos clínicos» e atenuando «a condensação de atividades no próximo ano letivo».
Instituto Português de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, Hospital Distrital da Figueira da Foz, Hospital Infante D. Pedro (Centro Hospitalar do Baixo Vouga), Administração Regional de Saúde do Centro, Centro Cirúrgico de Coimbra, Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais, Casa de Saúde de Santa Filomena (Grupo Sanfil Medicina), Hospital Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede), Hospital Misericórdia da Mealhada, Hospital José Luciano de Castro (Anadia), Santa Casa da Misericórdia de Cantanhede, Santa Casa da Misericórdia da Vila de Pereira, Cáritas Diocesana de Coimbra, Casa do Juiz, Fundação Ferreira Freire, Fundação Sophia e Residências Montepio foram as instituições que asseguraram o retorno dos estudantes aos ensinos clínicos, no período entre os dias 29 de junho e 24 de julho.
[2020-07-24]