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Oito nações integram Rede de Enfermagem de Saúde da Mulher de Países de Língua Portuguesa

 

A Rede de Enfermagem de Saúde da Mulher de Países de Língua Portuguesa (RESM-LP), cujo “sonho” de construção nasceu em 2014 – à margem da X Conferência da Rede Global dos Centros Colaboradores da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Enfermagem e Obstetrícia, realizada em Coimbra – e que gradualmente tem vindo a crescer, em número de profissionais, de instituições e de países aderentes, já conta com participantes de oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

 

Professora Maria Neto apresentou trabalho realizado no âmbito da rede de cooperação

 

Estes profissionais estão ligados a escolas superiores e universidades (4), mas também a entidades governamentais (3) e a ordens e associações profissionais (4), havendo ainda, no seu elenco, outros prestadores de cuidados.

Subdividida em grupos nacionais, e depois de apresentada, em 2017, em Brasília, aos ministros da Saúde da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a RESM-LP está, atualmente, a identificar as prioridades de atuação por países.

Em Portugal, por exemplo, as prioridades centram-se na promoção do parto normal e no envolvimento do pai nos cuidados às crianças. Já na Guiné-Bissau será dada preferência à formação e atualização de parteiras, ao passo que em Cabo Verde se vai trabalhar principalmente na saúde sexual e reprodutiva das adolescentes e no empoderamento das meninas.

Estes e outros dados foram avançados pela professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Maria Neto, da equipa coordenadora da RESM-LP, durante o 5º Fórum do Dia Internacional do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, subordinado ao tema “Enfermeiros de Saúde Materna e Obstétrica: Defensores dos direitos das mulheres”, que se realizou, na ESEnfC, no dia 25 de maio.

Sediada em Portugal (na ESEnfC), esta rede de cooperação de enfermeiros e parteiras visa promover a melhoria da saúde da mulher nos países que adotaram a quarta língua mais falada no mundo, tendo os homens como parceiros estratégicos nesse propósito.

 

Mais de 80% das mortes maternas e neonatais podem ser evitadas

De acordo com dados apresentados por Maria Neto (do UNFPA - Fundo das Nações Unidas para a População e da OMS), a facilidade de acesso a cuidados de enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica permitiu reduzir a taxa de mortalidade materna à média anual de 3%, desde 1990, nos 70 países com menor índice de desenvolvimento.

Segundo um documento mais recente, intitulado Framework for Action: Strengthening quality midwifery education for Universal Health Coverage 2030 (publicado em maio de 2019 pelos organizadores OMS, UNFPA, ICN - Conselho Internacional de Enfermeiros e UNICEF), «quando as enfermeiras especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica são educadas de acordo com padrões internacionais, elas podem evitar mais de 80% de todas as mortes maternas, mortes fetais tardias e mortes neonatais».

Brevemente serão assinados protocolos de cooperação entre as várias instituições, nacionais e internacionais, que ficarão ligadas à RESM-LP.

 

[2019-06-04]


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