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Livro de professora da ESEnfC retrata história do VIH/Sida em Portugal

 

Foi dado à estampa, em 2018, numa edição da Imprensa da Universidade de Coimbra (IUC), o livro "Para uma história do VIH/Sida em Portugal e dos 30 anos da epidemia (1983-2013)", da autoria da professora e investigadora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Aliete Cunha-Oliveira.

 

 

Integrado num projeto de doutoramento, o nº 23 da coleção Ciências e Culturas, da IUC, procura «traçar uma história-cronologia do VIH/Sida em Portugal, com base nos dados estatísticos da doença, bem como noutros elementos relevantes para a história de uma das patologias infeciosas mais recentes e de maior impacto social e económico», escreve a autora no prólogo da obra, que é prefaciada pelo epidemiologista e professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC), Salvador Massano Cardoso, e pelo cocoordenador do Grupo de Investigação de História e Sociologia da Ciência e da Tecnologia do CEIS20 – Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da UC, João Rui Pita.

O livro apresenta, ainda, uma evolução dos comportamentos sexuais nos últimos 30 anos, em função dos avanços da infeção, analisa os «conhecimentos dos jovens sobre VIH, Sida e suas formas de transmissão», assim como «os mitos criados em torno da doença, sua transmissão, tratamento e prognóstico».

A educação para a saúde no contexto da epidemia VIH/Sida, as figuras relevantes da luta contra a infeção em Portugal e as instituições envolvidas têm também espaço nestas mais de 100 páginas.

«Em 1981, foi publicado o primeiro caso mundial de Sida. Em 1983, foi diagnosticado o primeiro caso português. Decorridos 30 anos, mais de 60 milhões de pessoas foram infetadas pelo VIH e mais de 25 milhões morreram por Sida. Infetam-se por dia 7 mil pessoas, 1000 delas crianças», lê-se também no prólogo do livro de Aliete Cunha-Oliveira.

Segundo escreve a professora da ESEnfC, nas considerações finais, «seja qual for a evolução na área do tratamento, a modificação dos comportamentos continua a ser a estratégia prioritária» para evitar a infeção.

«Mas é pouco provável que a modificação dos comportamentos possa ocorrer sem uma profunda revisão das estratégias seguidas até hoje. As mensagens preventivas têm sido ambíguas, demasiado brandas, eufemísticas e complacentes. E a crença na resolução da epidemia através da medicação antirretrovírica precoce pode ser mais um fator, a juntar a tantos outros, que leve à negligência dos comportamentos preventivos», sustenta Aliete Cunha-Oliveira.

Já em 2008 Aliete Cunha-Oliveira publicou, dentro desta mesma coletânea da IUC, o livro "Preservativo, Sida e Saúde Pública".


[2018-12-01]


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