Num ano letivo em que «o número total de candidatos ao ensino superior» diminuiu a nível nacional, a Presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Aida Cruz Mendes, salientou, no discurso de abertura solene das aulas, o grau de procura do curso de licenciatura em Enfermagem, que «contou com um número de candidatos quatro vezes superior ao número de vagas».
Abertura solene das aulas: estudantes com melhores médias receberam prémios de valor pecuniário
Igual motivo para satisfação foi a «procura grande» das restantes formações (mestrados e pós-graduações), que garantiram «a abertura de todos os cursos postos a concurso», ou os mais de 50 estudantes estrangeiros ao abrigo de diferentes programas de mobilidade e do estatuto de estudante internacional, referiu Aida Mendes, durante a sessão realizada no dia 9 de outubro.
Ao falar de um «trabalho académico» que «é árduo e exigente» e que «quem a ele se dedica não conhece horários rígidos e burocráticos», a Presidente da ESEnfC notou, também, que a qualificação do corpo docente, a dedicação dos não docentes e o «espírito construtivo» dos estudantes «predispõem a um excelente clima educativo».
Um ambiente que, segundo analisou, se deve, por exemplo, «ao esforço de todos no trabalho de articulação dos processos de formação, de investigação e de extensão», ou ao desenvolvimento de «uma política participativa» e de «responsabilidade social».
InovSafeCare (Educando estudantes para práticas inovadoras de prevenção e controlo de infeções em ambientes de saúde), EPOPS (Empoderamento de organizações de pais, para a prevenção do abuso de substâncias) e Mind & Gait (Promoção da autonomia de idosos frágeis, através da melhoria da cognição e capacidade de marcha e utilização de produtos de apoio) foram os projetos financiados, coordenados por professores e investigadores da ESEnfC, que Aida Mendes apresentou como exemplos que testemunham o esforço realizado naquele sentido.
Dizer não a comportamentos abusivos
Início de ano letivo é também sinónimo de praxe, pelo que a Presidente da ESEnfC não deixou de frisar que a instituição preparou um programa de acolhimento para os novos estudantes que os procurou capacitar para «poderem fazer escolhas» e para «dizer não sempre que sejam desafiados a práticas ditas de integração, mas que mais não são do que comportamentos abusivos, humilhantes e em tudo contrários ao espírito elevado de uma comunidade académica, livre e esclarecida».
Para a responsável máxima da instituição, os estudantes da ESEnfC devem ser conhecidos e reconhecidos como aqueles que se importam com o conhecimento, que colocam o seu saber e competências ao serviço da comunidade, que são reflexivos e criativos», integrando os colegas com «cordialidade, respeito pela diferença e companheirismo», não se revendo em práticas antiacadémicas que conflituam «com os valores definidores da escola que frequentam».
Durante a sessão solene de abertura das aulas na ESEnfC, houve ainda lugar à entrega dos prémios de mérito académico Marta Lima Basto – dirigidos aos estudantes da licenciatura em Enfermagem com as melhores médias, bem como à aluna colocada, neste ano letivo, com a melhor nota de acesso – e dos prémios aos vencedores do concurso regional Poliempreende/PIN 2018.
Em jeito de síntese, e segundo palavras da Presidente da ESEnfC, no dia de abertura solene das aulas, a Escola realça «o seu sentido de academia», na medida em que «premia o estudo e divulga o conhecimento que coloca ao serviço da comunidade».
Na sessão de abertura, intervieram, ainda, Carolina Alves (vice-presidente da Associação de Estudantes) e a antiga bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Maria Augusta Sousa, em representação do presidente do Conselho Geral da ESEnfC, José Pereira Miguel.
Em 2018, a lição inaugural, sobre a importância que a investigação assume na prática clínica, foi proferida pelo professor João Apóstolo.
Uma vez mais, a sessão foi animada pelas atuações do Grupo Coral da ESEnfC e da Tuna de Enfermagem de Coimbra.
[2018-10-15]