A Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) «vai continuar a apostar na componente de internacionalização, procurando aumentar o número de estudantes com experiências de ensino no estrangeiro», bem como «o número de recém-diplomados a fazer um período de estágio numa instituição estrangeira imediatamente após o termo da licenciatura», procurando «captar mais recursos, de modo a permitir mais bolsas de mobilidade».
Fernando Henriques e Fernando Amaral
A garantia foi dada nas comemorações do Dia Internacional da ESEnfC (9 de maio), pelo vice-presidente da instituição, Fernando Dias Henriques, que se mostrou orgulhoso com o «aumento progressivo dos processos de mobilidade e de internacionalização da Escola».
Cerca de 28% dos licenciados em Enfermagem pela ESEnfC que realizaram, no ano passado, um período de estudos no estrangeiro é «um resultado muito bom», considerou o membro do Conselho de Gestão da ESEnfC, ao comparar este desempenho com o da maior parte das instituições de ensino superior em Portugal, que disse ser «inferior a 20%».
«A Escola é também muito procurada por escolas europeias, do Brasil e do México», notou, ainda, Fernando Dias Henriques, ao referir que, no último ano, «a ESEnfC recebeu 161 estudantes estrangeiros, ao abrigo de programas de mobilidade».
Depois de enunciar um conjunto de vantagens resultantes da participação em experiências de mobilidade fora de portas – no domínio do desenvolvimento de competências, da tolerância e da abertura ao mundo, à diferença e à mudança, da integração em múltiplos contextos socioculturais e da empregabilidade –, o vice-presidente da ESEnfC aconselhou, os muitos estudantes presentes em auditório, que «se preparem para uma experiência de mobilidade internacional», desde logo começando por «convencer os pais quando não estiverem sensíveis para esta problemática», mas também investindo na aprendizagem de línguas estrangeiras.
«Já temos empregadores em Portugal, e em Coimbra, que procuram bons enfermeiros, mas que dominem pelo menos uma língua estrangeira», observou Fernando Henriques.
“Só serão bons enfermeiros as boas pessoas”
Por sua vez, Fernando Amaral, coordenador do Gabinete de Relações Nacionais e Internacionais (GRNI) da instituição, referiu que se tem «feito tudo para que [os estudantes] se possam desenvolver enquanto enfermeiros, mas sobretudo enquanto pessoas, porque», sustentou, «só serão bons enfermeiros as boas pessoas».
«Posso ter muito conhecimento, mas se não for boa pessoa nunca serei capaz de me relacionar com os outros», explicou o professor, para quem, por outro lado, «internacionalizar é partilhar conhecimentos e melhorar a coesão social entre os vários países».
"História, cultura e cuidados" foi o tema do Dia Internacional
O responsável do GRNI, que também se referiu à «mobilidade [da ESEnfC, que] em termos relativos é superior à de muitas universidades», notou que, apesar do aumento, nos últimos anos, do financiamento obtido da Agência Nacional Erasmus +, essa verba «não é suficiente para garantir a quantidade de bolsas que é oferecida aos estudantes pela ESEnfC».
«A Escola tem investido receitas próprias para garantir que os estudantes tenham aprendizagens mais diferenciadas», sublinhou o professor Fernando Amaral, ao referir-se a bolsas para países de mais altos rendimentos, designadamente no norte da Europa.
Em 2018, o programa do Dia Internacional da ESEnfC contou com intervenções do físico da Universidade de Coimbra, Carlos Fiolhais, e do técnico da Agência Nacional Erasmus +, Gustavo Alva-Rosa.
Paralelamente, decorreu uma feira cultural e gastronómica, organizada pelos alunos incoming e pela Associação de Estudantes da ESEnfC.
Estiveram presentes professores de universidades de Espanha (Sevilha) e da Bélgica (VIVES University College), além de estudantes da Bélgica, Letónia, Lituânia, Itália e França.
[2018-05-14]