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Trabalho de investigadora da ESEnfC distinguido pela Fundação BIAL

 

Um trabalho na área da osteoporose, desenvolvido pela enfermeira do Serviço de Reumatologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e investigadora na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra/Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem, Andréa Ascensão Marques, em colaboração com o professor José António Pereira da Silva (Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra), foi distinguido, no mês de abril, com uma menção honrosa pela Fundação BIAL.

“Changing the paradigm of osteoporotic fracture prevention in Portugal. From national evidence to clinical practice and guidelines” (Mudança do paradigma da prevenção da fratura osteoporótica em Portugal. Das evidências nacionais à prática clínica e recomendações) é o título deste trabalho, que «apresenta de forma integrada os resultados de um projeto multifacetado de investigação e de intervenção científica na área de osteoporose, em Portugal».

 

 

A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se, no dia 21 de abril, na reitoria da Universidade Nova de Lisboa e contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (na foto com José Pereira da Silva e Andréa Marques).

Iniciado em 2013, este projeto, que teve a colaboração de investigadores nacionais e estrangeiros e de todas as sociedades científicas nacionais com interesse na patologia, pretende mudar a face da prevenção de fraturas osteoporóticas no país, desde a abordagem do doente individual até às políticas nacionais de saúde.

A osteoporose e as fraturas associadas representam já «um enorme encargo social», tanto em termos económicos (ultrapassa os 200 milhões de euros em custos anuais em Portugal, só com fraturas da anca), como em excesso de mortalidade.

Para os autores do estudo, este «impacto tenderá a aumentar exponencialmente no futuro, com o aumento da longevidade da população», a menos que sejam adotadas «estratégias nacionais bem estruturadas e alicerçadas cientificamente».

No âmbito deste trabalho, os investigadores começaram por proceder à adaptação para a população portuguesa do FRAX®, um instrumento considerado valioso na identificação das pessoas em maior risco de fratura, as que mais beneficiam de tratamento.

«Demonstrou-se, posteriormente, que este instrumento tem entre nós uma elevada validade e rigor preditivo. Avaliaram-se, pela primeira vez, os custos das fraturas osteoporóticas em Portugal e, com base nisso, definiram-se níveis de risco de fratura acima dos quais é economicamente justificado proceder a tratamento com os diferentes fármacos preventivos de fratura. Reuniram-se, por fim, estas conclusões em recomendações nacionais, subscritas por numerosas sociedades científicas, relativas ao rastreio do risco de fratura osteoporótica e início criterioso dos tratamentos que visam diminui-lo», relatam os responsáveis do trabalho.

José Pereira da Silva é professor catedrático de Reumatologia e diretor do Serviço de Reumatologia do CHUC, onde Andréa Marques exerce a atividade de enfermeira.

Andréa Marques defendeu, em março deste ano, a tese de doutoramento (programa doutoral de Ciências da Saúde, ramo de Enfermagem) “Adaptação e validação do algoritmo FRAX® à população portuguesa (FRAX Port), com estudo socioeconómico e de avaliação da utilidade do instrumento para uso pelo doente”.

 


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