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Novos enfermeiros receberam diplomas

 

Foram 265 os novos enfermeiros diplomados pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) que, no dia 23 de julho, assumiram perante a comunidade (sobretudo familiares e amigos) cumprir os deveres deontológicos da profissão que escolheram. E que ouviram a Presidente da instituição que os formou dizer que, face às necessidades em saúde no futuro, eles serão muito precisos a Portugal.

Ao falar de um «clima geral de complexidade, imprevisibilidade e mudança, que já hoje carateriza a atualidade», Maria da Conceição Bento sublinhou que haverá «necessidade de mais, melhores e diferentes cuidados de Enfermagem».

 

 

Prevendo no cenário nacional a continuidade de fenómenos como o envelhecimento populacional e as alterações da composição das famílias, o aumento das doenças crónicas e dos custos com a saúde, a maior precarização no trabalho, a fuga de profissionais jovens para o estrangeiro, o agravamento da iniquidade no acesso aos cuidados de saúde, ou a reconfiguração dos sistemas de saúde, a Presidente da ESEnfC destacou pelo menos dois aspetos que deverão merecer maior atenção por parte dos enfermeiros. Por um lado, a preocupação com a «capacitação para o exercício da parentalidade» e, por outro, a garantia do «planeamento e gestão dos autocuidados, que eventualmente vão ser prestados por cuidadores informais».

E para dar resposta aos desafios e necessidades do futuro «serão necessários mais enfermeiras e enfermeiros», observou a professora Maria da Conceição Bento.

Ao intervir no Pavilhão Multidesportos Mário Mexia, durante a cerimónia solene de encerramento da licenciatura de Enfermagem, a Presidente da ESEnfC admitiu, ainda, a possibilidade de que, «se nada for feito para inverter a situação que atualmente vivemos (numa referência à saída de jovens em massa para o estrangeiro), tenhamos menos enfermeiros, enfermeiros mais velhos, menos jovens a frequentar cursos de Enfermagem» e que, por consequência, haverá que «encontrar novos públicos para a formação e novas formas de organização dos cuidados».

Quase a finalizar, Maria da Conceição Bento reafirmou – aspeto que vem repetindo nos discursos aos finalistas – ter esperança de que «esteja a chegar o tempo em que a saúde esteja em todas as políticas e que não se desperdiça um dos maiores bens em que a sociedade portuguesa investiu nos últimos anos e, por isso, possui: profissionais de saúde qualificados, particularmente enfermeiros».

 

[2016-07-24]


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