A professora Beatriz de Oliveira Xavier prestou provas de doutoramento em Sociologia, tendo sido aprovada, ao defender, no dia 22 de dezembro de 2015, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a tese “Entre o fazer e o dever: Lógicas e práticas dos doentes hipertensos”.
A investigadora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) constatou que «para os doentes hipertensos entrevistados, a hipertensão arterial não é encarada como uma “verdadeira doença”, sendo vista sobretudo como resultado do envelhecimento e dos excessos que se acumularam no corpo, consequentes da própria vida».
Quanto a resultados obtidos, a partir de 41 entrevistas e da observação direta da consulta de Hipertensão Arterial numa Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Coimbra, Beatriz Xavier diz-nos que «as pessoas com hipertensão detêm uma pluralidade de modos de viver e ser hipertenso», que se revelam, por exemplo, nos «diferentes usos que fazem da consulta de Hipertensão Arterial» e na perceção que têm «do papel do médico».
Também a relação com a medicação, os «modelos explicativos da doença» e as «práticas relativas à terapêutica indicada pelo médico» são encarados de modo distinto por estes doentes.
[2016-01-22]