Continuar a procurar transformar as dificuldades em oportunidades de desenvolvimento e a formar os melhores enfermeiros, sem recuar no incremento da investigação (quaisquer que sejam os constrangimentos), são metas que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) se propõe atingir no próximo ano, mesmo com o anunciado corte de 8,5% na transferência do Orçamento do Estado.
De acordo com a Presidente da ESEnfC, que falava na sessão solene de abertura das aulas, realizada no dia 10 de outubro, este constrangimento «obrigará» a instituição a descobrir novas formas de captação de receita, particularmente através de projetos de formação e investigação internacionais». A professora Maria da Conceição Bento, que começou por congratular os 320 novos estudantes, salientou que a Escola cumpriu as metas a que se propôs, «sendo visível uma evolução positiva desde 2005 em todos os indicadores» (ver discurso na íntegra). |
«Tal como aconteceu com todo o setor do ensino superior, graças a uma tradição de otimização dos recursos disponíveis e controlo sistemático das despesas e aumento progressivo das receitas próprias, pudemos mais uma vez cumprir a nossa missão sem gerar défices, nem contrair empréstimos», afirmou a professora Maria da Conceição Bento, que, logo de seguida, falou da necessidade de olhar de forma atenta para a «nova realidade», para que, particularmente os responsáveis pelo ensino superior e pela investigação, encontrem «novas e criativas formas de romper com este ciclo negativo», contribuindo «para uma nova espiral de desenvolvimento».
“Escolheram a melhor escola”
Na cerimónia também usou da palavra o engenheiro João Vasco Ribeiro, representante do Conselho Geral da instituição, que salientou o papel da ESEnfC enquanto «escola de tradições, moderna, cosmopolita e com um ADN marcado por valores humanistas».
Dirigindo-se aos novos alunos, o membro externo do Conselho Geral da ESEnfC afirmou: «Se querem ser os melhores enfermeiros então escolheram a melhor escola».
O engenheiro João Vasco Ribeiro destacou os níveis de sucesso alcançados pela ESEnfC: «A Escola tem boas infraestruturas, criou capacidade de atração, investiu com segurança, usou com rigor os dinheiros públicos, não fazendo da dívida o seu modo de vida».
Por outo lado, ao investigar com qualidade, ao transferir tecnologias e conhecimentos para o tecido económico e social, animando «redes nacionais e internacionais dos seus parceiros», cria um «ambiente propício à geração de riqueza».
Nesse sentido, concluiu o conselheiro externo, face ao desafio que Portugal tem pela frente, de «construir um modelo de desenvolvimento viável, que restitua a esperança», a ESEnfC «faz claramente parte da solução e não do problema».
Na sessão solene de abertura das aulas interveio, ainda, o presidente da Associação de Estudantes (AE). O já enfermeiro Joel Vitorino afirmou que «a AE tudo fará, dentro do quadro das suas competências, para que, em parceria, se procurem as melhores estratégias para o elevar da satisfação da academia e se criem as melhores condições para os estudantes da ESEnfC».