O professor António José Pinto de Morais prestou provas de doutoramento, no dia 14 de junho, na Universidade de Extremadura (Espanha), tendo sido aprovado, por unanimidade com distinção (excelente) e louvor, ao defender a tese “Adesão ao regime terapêutico: Transição da Oxigenoterapia para a Ventilação Não Invasiva nos doentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica”.
O estudo conduzido pelo docente da ESEnfC procurou construir «uma estrutura teórica coerente e sólida sobre o processo de adesão ao regime terapêutico na doença crónica», feita a partir das vivências das pessoas com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) submetidas à ventilação não invasiva (VNI), bem como a partir das experiências dos indivíduos que lhes estão mais próximos ou lhe são mais significativos (os cuidadores familiares e os profissionais de saúde).
Iniciada devido ao agravamento da DPOC (“cansaço”, “falta de força” e “falta de ar”, segundo a caraterizam os doentes), a VNI tem como benefícios referidos a redução da fadiga, a melhoria do sono e do aspeto físico, o aumento da força e a diminuição da dispneia. |
Porém, são sentidas dificuldades como o desconforto, os ruídos e a intolerância à máscara e ao ventilador.
Neste processo de aceitação do regime terapêutico, a adaptação à máscara e ao ventilador em contexto hospitalar é apontada como fundamental.
Também o envolvimento do familiar cuidador na preparação do regresso a casa e nas ações de ensino, instrução e treino são requisitos para a implementação domiciliária da VNI.
Por outro lado, a introdução da VNI no domicílio afeta a estabilidade familiar, implicando alterações nas funções e tarefas.
Por fim, o apoio domiciliário técnico/ formal é apresentado com um meio importante para manter a VNI.
Estas são as principais conclusões do estudo desenvolvido pelo professor António Morais.