A professora Paula Almeida Cordeiro prestou provas de doutoramento, no dia 10 de junho, na Universidade de Extremadura (Espanha), tendo sido aprovada por unanimidade e com distinção máxima, ao defender a tese “Atitudes e conhecimentos dos estudantes do ensino superior de Coimbra sobre a velhice – Influência de experiências de vida e académicas”.
No estudo que incidiu sobre 592 estudantes, a professora da ESEnfC descreve e compara atitudes e conhecimentos sobre a velhice, em função das variáveis género, idade, curso de origem, experiências académicas e de trabalho e convivência com idosos. De acordo com as conclusões a que chegou, os participantes do estudo evidenciaram atitudes moderadamente positivas face às pessoas idosas (principalmente os estudantes mais velhos, do sexo feminino e que convivem com idosos) e conhecimentos relativamente baixos sobre o envelhecimento. |
Esta tendência só é contrariada pelos estudantes da área da saúde, ou que tiveram disciplinas onde foram abordadas temáticas sobre o envelhecimento. Este segmento de estudantes revelou ter mais conhecimentos sobre os aspetos físicos, psicológicos e sociais do envelhecimento.
Por outro lado, os elementos da amostra também associaram a velhice ao desgaste físico e à perda de capacidades motoras e intelectuais, o que a professora Paula Cordeiro entende estar associado a «uma visão preconceituosa e negativa da velhice».
«Se desejarmos promover uma sociedade que a todos acolha, tal como o previsto no Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento de Madrid (2002), reconhecemos que existe ainda muito caminho a percorrer. Numa época de profundas crises económicas, de profundas mudanças sociais e educativas, é desejável para a própria sustentabilidade das sociedades e culturas que a educação faça emergir atitudes e preocupações mais inclusivas», defende a professora Paula Cordeiro.