A pobreza, o aumento do desemprego, a instabilidade familiar, a violência doméstica e o aumento de doenças do foro mental são fatores de ordem social que, podendo traduzir-se em derrotas das crianças, suscitam desafios e mudanças na denominada Nova Pediatria.
|
Esta é uma das conclusões a que chega o professor Jorge Apóstolo, coordenador da comissão científica das I Jornadas de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, realizadas, a 9 e 10 de dezembro, na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC). E os enfermeiros, que estão de tal forma próximos das famílias, podem, também aqui, desempenhar um papel central, observou o docente, que antes se referira a alguns dos problemas tradicionais da Pediatria. Problemas hoje em franco retrocesso, como as situações de morte infantil por infeções e os problemas respiratórios. |
Durante dois dias, cerca de 200 pessoas (profissionais e estudantes) quiseram refletir sobre a “Investigação, Conhecimento e Prática Clínica”, tema destas primeiras Jornadas.
Analisar as tendências da Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica em Portugal, apresentando evidências para o desenvolvimento de intervenções que facilitem o crescimento da criança, que atuem no controlo da dor e no alívio e superação do sofrimento da criança e seus familiares foram objetivos das Jornadas.
Também a importância dos cuidados de enfermagem à criança com distúrbios de comportamento e vulnerabilidade e suas famílias, articulando os vários recursos da comunidade, estiveram em relevo neste encontro.
O aumento dos comportamentos de risco e a prevenção de DST, numa abordagem integrada da saúde dos adolescentes, foram outros aspetos em análise.
