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Será que o meu destino é tomar conta dos meus pais?

O adiamento da idade da reforma, em contraponto com o “direito de estar quieto” (defendido pela professora Esmeraldina Veloso – Universidade do Minho), o paradoxo do envelhecimento – aumento da esperança de vida, mas consequências gravosas na sustentabilidade dos sistemas de saúde e nas relações entre gerações – (questionado pelo sociólogo Manuel Villaverde Cabral) e os conceitos de envelhecimento ativo (OMS) e de auto-cuidado da pessoa idosa (estudado pela professora Maria de Lurdes Almeida) foram algumas perspetivas do envelhecimento trazidas, quinta-feira, dia 28 de outubro, à Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC).

   “Será que o meu destino é tomar conta dos meus pais?” foi, mesmo, uma das perguntas lançadas por Manuel Villaverde Cabral (responsável do Instituto do Envelhecimento da Universidade de Lisboa), quando intervinha numa das sessões do 1º Colóquio “Envelhecimento, saúde e cidadania”, organizado pela Unidade Científico-Pedagógica de Enfermagem do Idoso da ESEnfC.

Para Villaverde Cabral, «a solução para o paradoxo do envelhecimento global passa por políticas para as famílias».

Por sua vez, a análise do professor Fernando Ribeiro Mendes (ISEG. UTL) focou a alteração do paradigma de poupança das novas gerações (fruto do consumismo), que está a associar velhice a empobrecimento e que representa mais um constrangimento para o envelhecimento em Portugal.

Noutra perspetiva, Óscar Ribeiro (Universidade de Aveiro) invocou a «atitude positiva» e «a presença de um projeto pessoal», que leve os idosos a não pararem e, nesse sentido, a envelhecerem de forma ativa.

Analisar as diferentes perspetivas do envelhecimento – demográfica, clínica, económica, social e ética – foram os objetivos que a ESEnfC perseguiu com este colóquio.

"Violência sobre pessoas idosas" e "Recursos ambientais e envelhecimento saudável" foram temas de duas sessões plenárias.

«Acredito que é possível envelhecer com respeito, qualidade e afeto e acredito também que uma sociedade madura tudo deve fazer para valorizar os seus idosos até ao fim», foram palavras da professora Paula Cordeiro (ESEnfC) na abertura do encontro.

O 1º Colóquio “Envelhecimento, saúde e cidadania” juntou mais de 200 pessoas no auditório do Pólo A.


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