A necessidade de avançar com uma rede de instituições de ensino superior saudáveis foi defendida em Coimbra durante a “II Escola de Verão em Educação pelos Pares” (PEER 2010) realizada, a 30 de setembro e 1 de outubro, na ESEnfC.
A ideia não é nova, mas os oradores participantes na mesa-redonda “Ensino superior promotor de Saúde” foram relativamente consensuais nesse caminho, ao apresentarem não só casos de sucesso, como ao sugerirem propostas de trabalho. Para Irma Brito, professora da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), investir num ensino superior promotor de saúde é investir no futuro e significa integrar a saúde na cultura organizacional e nos processos das instituições, criando um contexto de ensino/aprendizagem saudável. |
José Precioso, da Universidade do Minho, defendeu a introdução de pelo menos uma unidade curricular de Educação para a Saúde em todos os cursos (opcional), que seria obrigatória nos cursos de saúde e de formação de professores. Algo que, disse, «a maioria das universidades não oferece».
Preconizou, mesmo, um conjunto de requisitos mínimos para que uma instituição possa ser considerada com promotora da saúde: máquinas de venda automática de alimentos saudáveis, espaços para a prática desportiva, gabinetes médicos, um provedor do aluno e do professor, salas de convívio…
Hélder Castanheira, administrador na Universidade de Aveiro, falou da urgência de «uma carta de saúde para o ensino superior», mostrando as boas práticas da sua instituição, designadamente o centro de saúde universitário e a Linha Universidade de Aveiro (Lua), para escuta e encaminhamento de situações.
Intervieram, ainda, no painel, Ana Melo (Gabinete de Aconselhamento Psico-Pedagógico dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra), Paulo Vitória (Universidade da Beira Interior) Nelson Carvalho (Universidade da Madeira) e Vera Sabóia (Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro).
A “II Escola de Verão em Educação pelos Pares” (PEER 2010) foi uma organização da partilhada entre a ESEnfC e o IREFREA Portugal (Instituto Europeu para o Estudo dos Factores de Risco e Factores de Protecção em Crianças e Adolescentes).