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Rita Guerra madrinha do Projecto (O)Usar & Ser Laço Branco

Cantora Rita Guerra explica as motivações que a levaram a decidir ajudar a ESEnfC a combater a violência nas relações de intimidade. «Estão naturalmente de parabéns e merecem o meu aplauso!», afirma a autora de "Sentimento"

  

Por que aceitou ser madrinha deste projecto?
Conheço vários casos próximos; e infelizmente quando é assim, ficamos mais alerta. Ficamos mais vulneráveis à dor que conhecer estas situações nos provoca, mas também com mais energia para lutar contra isso. Denunciar, informar e reafirmar que há saídas e alternativas é uma grande responsabilidade de quem felizmente nunca passou por isso, e ainda mais quando se é figura pública e temos, para o bem e para o mal, uma linha mais directa com os média para passar as nossas mensagens. Senti que podia ajudar-vos a ajudar e cá estou!

O que pensa deste Projecto, de combate à violência nas relações de intimidade (a começar pelo namoro), bem como do facto de ser desenvolvido pela ESEnfC e por jovens que educam outros jovens?
Quanto mais cedo se começa a pedagogia, a criação de hábitos novos que vão contra alguns dos piores usos e costumes dos povos, melhor. E no caso concreto do vosso projecto, as vantagens são ainda maiores: estamos a falar de um combate que é feito por quem está a ter formação médica e científica sobre o assunto; e estamos a falar de uma aproximação de jovens a jovens, que facilita sempre a comunicação e a quebra de resistências à absorção correcta da mensagem. Por tudo isto, estão naturalmente de parabéns e merecem o meu aplauso!

Enquanto mãe e mulher, tem (ou teve) alguma preocupação especial no modo como educa (ou educou) os seus filhos no pleno respeito pela igualdade de género?
No caso dos meus dois rapazes, sempre tive a preocupação de os alertar para esta problemática. Hoje, são dois homens que estão perfeitamente conscientes da necessidade desse respeito. Da necessidade e das vantagens, já agora. Não pode haver amor a sério onde houver uma migalha de violência. E eles sabem disso perfeitamente há muito tempo.

Já tem no seu currículo o apoio a outras causas solidárias. É a primeira em torno deste problema?
Directamente, sim. No meu trabalho de apoio a jovens mães solteiras, vi muitos casos que procuraram ajuda de instituições para refazer a vida pessoal, académica e profissional. Algumas dessas jovens sofreram com a violência dos seus parceiros e tiveram o impulso de procurar ajuda para caminharem para a auto-suficiência. Mas, felizmente, vi mais casos de jovens mães ou grávidas que procuram formas de compensar a ausência do parceiro e a sua demissão do papel de pai das crianças do que propriamente de violência no namoro, na união de facto ou no casamento.

Do seu leque de canções haverá alguma que reflicta particularmente a violência de género?
Eu canto o amor na sua vertente mais sentimental. As letras falam, por isso, ou da alegria de estar junto, ou da tristeza de algo que acabou, que não resultou, por falta desse amor ou de objectivos comuns. Não descem a fundo à problemática da violência, até porque esse é um assunto que não fica mesmo nada bem em canções… No entanto, fiquei muito satisfeita por exemplo com a utilização do meu single “Sentimento”, do meu álbum homónimo de 2007, numa novela da TVI, ligado a uma personagem que sofria muito com a violência conjugal. A personagem era representada pela actriz Helena Laureano e lembro-me que comoveu o país na altura. Sempre que ela se via numa situação desesperada ou de tristeza profunda com a situação dramática que tinha em casa, a minha canção ouvia-se em pano de fundo, como que a ampará-la, a dar-lhe forças. Por essa razão, ficou um single muito conotado com o tema da violência entre pares. E recebi muitas mensagens de raparigas e mulheres que a usaram na vida real para ganhar forças. Fiquei muito comovida com isso. 

Leia também a reportagem em que Rita Guerra se refere ao projecto.


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