O congresso internacional “Violência nas Relações de Intimidade: (O)Usar Caminhos em Saúde”, que a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) está a organizar, foi adiado para os dias 17, 18 e 19 de Maio de 2010.
Os interessados devem estar atentos ao sítio do evento na Internet, onde, dentro de alguns dias, serão divulgadas as alterações do programa científico.
Este congresso surge no âmbito da actividade desenvolvida pelo Projecto “(O)Usar & Ser Laço Branco”, que procura reduzir a violência nas relações de intimidade, a começar pela fase do namoro, além de promover a igualdade de género e de oportunidades.
A temática escolhida (“Violência nas Relações de Intimidade”) representa, hoje, uma prioridade em saúde, exigindo que os profissionais do sector desenvolvam e integrem respostas nas suas práticas de cuidados, atendendo a que a qualidade das relações interpessoais íntimas tem efeitos directos sobre o estado de saúde dos indivíduos e a que o estado de saúde influencia a qualidade das relações de intimidade.
Segundo o Conselho da Europa, a violência contra as mulheres no espaço doméstico é a maior causa de morte e de invalidez entre as mulheres dos 16 aos 44 anos, ultrapassando o cancro, os acidentes de viação e até a guerra (2002).
De acordo com o mesmo organismo (2006), entre 12 e 15% das mulheres europeias com mais de 16 anos de idade vivem situações de violência numa relação conjugal, sendo que muitas continuam a sofrer de violência física e sexual após a ruptura, vindo mesmo a morrer.
O Plano Nacional de Saúde 2004-2010 refere que uma em cada três mulheres é vítima de violência.
Com este congresso – agora numa nova data – pretende-se sensibilizar para o fenómeno da violência nas relações de intimidade como um problema de saúde; reflectir sobre os custos da violência doméstica na saúde das mulheres, das crianças, da família e da comunidade em geral e tornar visível a violência doméstica como foco de intervenção em enfermagem.
Os enfermeiros têm competências para influenciar as capacidades das pessoas, famílias e comunidades de forma a manter e fomentar um funcionamento óptimo e reduzir ao mínimo os efeitos negativos das situações de doença ou mal-estar (Internacional Council of Nurses (ICN), 2001).