A saúde mental é um estado de bem-estar, no qual o individuo tem a capacidade de perceber as suas aptidões, além de saber lidar com os fatores stressantes diários, realizar o seu trabalho de forma produtiva e enriquecedora, e ter competências para contribuir para o meio onde vive (WHO, 2001). Cada vez mais, torna-se imprescindível, o cuidado em saúde mental.
Nesta perspectiva, destacam-se as intervenções não farmacológicas para o cuidado. Tais intervenções também reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como Medicinais Tradicionais, Complementares e Integrativas (MTCI) são incentivadas desde o final da década de 70, quando a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas na área. Desde então, em vários comunicados e resoluções, a OMS expressa o seu compromisso em incentivar os Estados-Membros a formularem e implementarem políticas públicas para uso racional e integrado da MTCI nos sistemas nacionais de atenção à saúde, bem como para o desenvolvimento de estudos científicos para melhor conhecimento de sua segurança, eficácia e qualidade (WHO, 2024).
As intervenções não farmacológicas dizem respeito a aplicação de métodos ou técnicas que poderão contribuir para o bem estar socioemocional da pessoa ao longo do seu ciclo vital. Essas intervenções são recursos terapêuticos que auxiliam no sentido de autonomia e autocuidado, com impacto nas interações sociais e na qualidade de vida, nos diversos contextos. Importante destacar que as intervenções não farmacológicas não substituem os tratamentos convencionais, mas podem ser utilizados de forma complementar e integrativa, desenvolvidas por profissionais habilitados, indo além do tratamento de sintomas, promovendo o bem-estar integral da pessoa. No âmbito do controle da dor, em Portugal, a Ordem dos Enfermeiros apresenta Guidelines de boas práticas de estratégias não farmacológicas no controle da dor (OE, 2013).
Como dar resposta aos objetivos globais estabelecidos pela OMS, 2013–2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, sem transformar os contextos através da promoção da saúde mental? Sem, intensificar e integrar a saúde mental nos cuidados de saúde primários? Sem, desenvolver programas de intervenções não farmacológicas, colaborativas e inovadoras que envolvam as pessoas, a comunidade e os profissionais de saúde?
Assim, no sentido de dar resposta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), especificamente em relação ao objetivo: “garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades” dentro da Meta “Até 2030, reduzir num terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis via prevenção e tratamento, e promover a saúde mental e o bem-estar”, o presente Encontro tem como objetivo promover a divulgação, análise e discussão de diferentes intervenções não farmacológicas para o cuidado em saúde mental, seja na promoção, prevenção e/ou intervenção precoce, em contexto comunitário.
Este Encontro Internacional de Peritos, integra a realização de 10 Workshops e conta com a participação de diversos investigadores internacionais e nacionais.
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Objetivos gerais:
- Apresentar conceitos, fundamentos e experiências em intervenções não farmacológicas e os contributos científicos relevantes no âmbito da promoção da saúde mental;
- Partilhar experiências exitosas no âmbito das intervenções não farmacológicas;
- Promover vivências em intervenções não farmacológicas aos participantes dos workshops.
Contamos consigo!
Informação:
- Presencial -Sala Maior - Polo A
- encontroperitos@esenfc.pt
- Link do evento
- A ESEnfC informa que irá captar imagens de fotografia e vídeo, para efeitos de divulgação da atividade académica.
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