O aumento da longevidade com o qual a sociedade moderna se tem vindo a confrontar coloca novos desafios e exigências aos serviços de saúde que devem contar com profissionais dotados de formação especializada para atender às reais necessidades das pessoas mais velhas e das suas famílias.

Portugal é um dos países mais envelhecidos do mundo. Esta posição demográfica é, em muitos casos, acompanhada por uma transição epidemiológica, especialmente associada a uma crescente prevalência de doenças crónicas e síndromes geriátricas, o que contribui para um aumento da dependência física, psíquica e social, diminuição da funcionalidade e um aumento da necessidade de mais e melhores cuidados de saúde.

No seguimento das orientações emanadas pela Organização Mundial da Saúde, que definem como objetivos prioritários dos cuidados dirigidos às pessoas mais velhas a promoção da capacidade funcional, do envelhecimento ativo e da qualidade de vida, os enfermeiros são desafiados à implementação de um leque alargado e contínuo de cuidados que lhes permitam satisfazer as necessidades singulares (biológicas, sociais e económicas) e potencialidades daqueles que envelhecem.

Este desafio dita a necessidade do desenvolvimento do conhecimento na área da Gerontologia e da Geriatria e, consequentemente, remetem para o desenvolvimento de competências necessárias a uma boa prática na área da Enfermagem Gerontogeriátrica.

Assim, este segundo Colóquio Internacional de Envelhecimento, Saúde e Cidadania será um espaço para reflexão que, a partir de experiências nacionais e internacionais, procura desenhar o melhor percurso para a formação em Enfermagem Gerontogeriátrica em Portugal.