12 de fevereiro a 8 de março de 2024
A base para uma eficaz oferta de cuidados saúde, capaz de responder às prioridades do século XXI, requer uma correspondência eficaz entre a oferta e habilidades dos profissionais de saúde às necessidades da população, agora e no futuro (WHO, 2016).
As projeções desenvolvidas pela WHO e pelo Banco Mundial apontam para a criação de aproximadamente 40 milhões de novos empregos em saúde e assistência social, globalmente até 2030 e para a necessidade de mais 18 milhões de profissionais de saúde, principalmente em locais com poucos recursos, para alcançar uma ampla e efetiva cobertura de serviços de saúde, necessários para garantir uma vida saudável para todos (WHO, 2016).
As estratégias a adotar inscrevem-se num novo paradigma quer na adoção de modelos inclusivos de cuidados, quer na reorientação dos sistemas e serviços de saúde para uma abordagem mais colaborativa entre as equipas e os diferentes níveis de cuidados, quer no aproveitamento do potencial da inovação tecnológica.
Contudo, a mera disponibilidade de profissionais de saúde não é suficiente. São necessários investimentos no potencial da “força de trabalho em saúde” .
O Despacho n.º 6417/2022, do Gabinete da Ministra da saúde, define os eixos estratégicos da política de recursos humanos do Serviço Nacional de Saúde e cria os respetivos mecanismos de operacionalização. Por sua vez, recomenda que “as lideranças, políticas e organizacionais, terão que estar comprometidas, não só com a resposta ao presente, mas também com a preparação do futuro. E a gestão das pessoas é uma das áreas prioritárias, pois os profissionais de saúde, que são decisivos para a eficácia das organizações, … são sistematicamente confrontados com novos desafios, o que implica a necessidade relativamente ao desenvolvimento de um Programa de Gestão Estratégica dos Recursos Humanos do Serviço Nacional de Saúde, refere que o desenvolvimento de competências dos profissionais do SNS, são necessárias a modelos renovados de funcionamento, ... e que exigem novas competências de liderança que envolvam os trabalhadores.
Considera ainda a importância de melhorar os ambientes e o bem-estar no trabalho como fator de satisfação e compromisso dos trabalhadores, o plano de desenvolvimento de competências de liderança e a implementação de sistemas de comunicação e participação para o envolvimento dos trabalhadores do SNS, promovendo ativamente os valores e a cultura organizacional e aumentando a satisfação e compromisso.
Vários estudos têm demonstrado a relação entre os comportamentos de liderança e fatores influentes na dinâmica organizacional, como seja a satisfação ou o compromisso organizacional.